Tudo Sobre Pneus

Como ler as medidas do pneu

Está vendo essas marcas na lateral do pneu? São abreviações diversas de informações importantíssimas do pneu. Você pode encontrar por exemplo o nome do modelo do pneu, obviamente, mas isso é apenas o começo. Há também uma sequência de números detalhando o índice de carga, classificação de velocidade, tamanho do pneu, construção e muito mais.

Por que exatamente essas marcações são tão importantes? Esta informação é necessária quando chegar da troca do pneu. Todo motorista quer manter a segurança e o desempenho ideais ao comprar pneus novos; entender as marcações da parede lateral é uma maneira eficaz de conseguir exatamente isso.

Como exemplo, vamos começar com a seguinte sequência de marcações do pneu: 225/45 R 18 95 H

Largura do pneu

O primeiro número a aparecer na sequência é "225". Este número é a largura nominal do pneu (em milímetros) de uma parede lateral para a outra.

Altura do pneu

Após a barra, o próximo número na sequência é "45". Esse número é a altura do pneu em percentual, representa uma porcentagem da largura do pneu. Calculamos esse número dividindo a altura da seção do pneu pela largura da seção do pneu. Portanto, se um pneu tiver uma proporção de 45, isso significa que a altura do pneu é 45% de sua largura.

Construção

A seguir, em nossa série sobre marcações no pneu, há uma letra em vez de um número. Esta letra indica o tipo de construção usada na carcaça do pneu, que em nosso exemplo é "R" para construção radial. Outros exemplos são "B" ou "D" para construção diagonal. Os pneus radiais são hoje os pneus mais comuns na estrada. Eles são chamados de radiais porque as fibras/cordões internos do pneu são orientados em uma direção radial, de um lado para outro no talão, perpendicularmente à direção de rotação do pneu.

Diâmetro

O número "18" em nosso exemplo, representa o diâmetro do aro da roda em polegadas.

Índice de carga

O número após o diâmetro do aro, representa o índice de carga. No nosso exemplo, “95” é um código para a carga máxima que um pneu pode suportar quando totalmente cheio. Os pneus da linha leve (passeio) têm índices de carga que variam de 75 a 105, onde cada valor numérico corresponde a uma capacidade de carga específica. A capacidade de carga para cada valor é descrita em uma tabela de índice de carga na documentação do seu veículo ou pneu.

Índice de velocidade

Por último, chegamos á classificação do índice de velocidade. Letras que variam de A a Z representam a classificação de velocidade. Cada letra indica a velocidade máxima que um pneu pode suportar com a capacidade de carga recomendada. No nosso exemplo, "H" é equivalente a uma velocidade máxima de 209 km / h (130 mph). Mesmo que um pneu seja capaz de funcionar com essa velocidade, os motoristas não devem exceder os limites legais de velocidade.

Marcações adicionais

Após essa sequência de informações, pode haver outras letras ou símbolos. No nosso exemplo, eles indicam o seguinte:

7 - Pneu autônomo com tecnologia (Run Flat);

8 - Equipamento original Mercedes;

9 - Adequado para condições com lama e neve;

10 - Atende às normas de segurança de veículos a motor do Departamento de Transporte;

11 - Semana da Fabricação;

12 - Ano de Fabricação.

Qual é o lado correto de montagem do pneu?

Os pneus que possuem lado de montagem possuem a palavra “Outside” marcada na parede do pneu que deve ficar do lado externo do veículo e a palavra “Inside” marcada na parede do pneu que deve ficar do lado interno do veículo. Alguns pneus possuem uma seta marcada em sua lateral seguida da palavra “Rotation”. Esta seta aponta o sentido de rodagem correto do pneu.

É necessário trocar as válvulas quando fazemos manutenção em veículos de passeio?

Válvulas são comumente esquecidas nas manutenções dos pneus. O fato é que elas são equipamentos de segurança e possuem um papel de grande importância no conjunto roda-pneu.

O fator determinante desta importância está no fato que danos nas válvulas podem causar uma perda súbita de pressão, fazendo com que a pressão de ar do pneu zere repentinamente. Esta é uma situação que oferece um grande risco à segurança do veículo e de seus ocupantes.

Válvulas velhas também perdem sua capacidade de estanqueidade, fazendo com que os pneus percam sua pressão gradativamente.

Devido à sua localização e sua forma de montagem, é praticamente impossível fazer uma inspeção de integridade estrutural das válvulas de forma eficaz. Aliado a isso, inspecionar as válvulas não é uma prática comum, sendo sempre esquecidas durante as revisões do veículo.

O risco é causado pelo contato das válvulas com o furo de alojamento das rodas, que comumente gera cortes em seu corpo. Além disso, é comum que as válvulas ressequem com o passar do tempo, deixando-as ainda mais susceptíveis a cortes, o que pode causar uma falha no componente.

Por estes fatores, a Casa dos Pneus recomenda que as válvulas sejam substituídas sempre que montarmos pneus novos ou quando desmontamos um pneu para conserto cuja válvula esteja montada há muito tempo. E atenção: nunca reaproveite válvulas que foram desmontadas.

Os pneus não dão balanceamento, por quê?

Quando falamos de balanceamento devemos ter clara a ideia que temos um conjunto de componentes que devem trabalhar juntos para termos uma roda balanceada: pneu, roda, válvula e contrapesos.

Existem dois tipos de desbalanceamento: o estático e o dinâmico. O primeiro faz com que o conjunto “bata” no sentido vertical, dando a impressão de roda quadrada. O segundo causa uma tendência de “shimi”, e o volante vibra de um lado para o outro.

Na prática, dificilmente se encontra um destes desbalanceamentos na forma pura. Ambos são encontrados misturados, exigindo contrapesos diferentes nos lados interno e externo e em posições também diferentes de 180°. Note que o pneu também deve ser girado na roda para encontrar-se a posição de maior equilíbrio, levando-se em conta também a posição da válvula.

PARA FACILITAR O BALANCEAMENTO EM CASOS CRÍTICOS:

  • Não concentrar contrapesos em um só lado da roda;

  • Balancear “colando” contrapesos no centro da roda e fazendo apenas um acabamento na flange;

  • Utilizar a máquina na sensibilidade máxima;

  • Primeiramente utilizar uma balanceadora de coluna para a correção separada roda-pneu;

  • Montar a roda no cubo do veículo atentando para a boa centragem desta;

  • Terminar o balanceamento com a balanceadora local, para a correção de qualquer residual estático, devido à montagem do conjunto no veículo.

Desejo montar pneus novos em meu veículo, porém não desejo fazer os serviços de balanceamento e alinhamento. Quais são os riscos?

Os serviços de balanceamento e alinhamento são essenciais. Tenha em mente que, ao optar pela Casa dos Pneus, você estará comprando produtos Premium, de alta qualidade e com performance superior. Correr o risco de ter um desgaste irregular nos pneus e, por consequência, uma retirada de serviço prematura, não vale a economia. Reforçamos que desgastes irregulares não são cobertos pela garantia da Casa dos Pneus e/ou dos fabricantes.

Veículos com problemas de alinhamento ou balanceamento de rodas não só causam desgaste irregular nos pneus, mas comprometem o conforto da viagem e a segurança. Dependendo da severidade do caso, outros componentes da suspensão podem sofrer desgaste prematuro também.

O balanceamento das rodas deve ser feito todas as vezes que os pneus forem desmontados e montados, mesmo que os pneus permaneçam os mesmos. Lembre-se que o balanceamento é afetado pela posição do pneu na roda também.

O alinhamento é um parâmetro sensível que perde sua referência com facilidade. O alinhamento sofre com impactos e quedas em buracos, situação muito corriqueira logo é improvável que um veículo consiga manter seu alinhamento em perfeitas condições por longos períodos.

Note que problemas ou falhas em componentes como bandejas, buchas de bandeja, amortecedores, molas, eixos e demais componentes da suspensão afetam os parâmetros de alinhamento dos veículos, o que pode e provavelmente vai causar um desgaste irregular nos pneus, aumentando o do valor do prejuízo.

Prefiro não levar meu veículo para fazer alinhamento, pois sempre apontam alguma peça que precisa ser trocada, o que deixa o serviço caro.

A suspensão do veículo é composta por muitos componentes e todos estão sujeitos ao envelhecimento, fazendo com que percam sua função com o tempo. Os exemplos mais comuns são os amortecedores e as molas. Adicionalmente, a suspensão é o conjunto do veículo que está mais sujeito a impactos e quedas em buracos, o que deforma, cria folgas, desloca e até quebra seus componentes (buchas de bandeja, bandejas e terminais).

Componentes como coxins, terminais de direção, bandejas, buchas de bandeja, amortecedores, molas, pivôs, bieletas e rolamentos devem ser sempre verificados e, se estiverem apresentando falhas, folgas, deformações ou deslocamentos, devem ser trocados, haja vista que uma falha no funcionamento desses componentes compromete a performance e a durabilidade dos pneus e o conforto e a segurança dos passageiros.

Peça para um profissional analisar os sistemas de suspensão de seu veículo, a procura de folgas e componentes deformados. Manutenções preventivas preservarão seu investimento.

Qual o momento certo para realizar a substituição dos pneus? O prazo de garantia é o que deve ser levado em consideração?

De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, o pneu deve ser substituído quando os sulcos atingirem a profundidade de 1,6 mm. Note que a regra vale também para caso somente um dos sulcos do pneu atingir esta medida. Esta medida pode ser detectada quando o desgaste dos blocos da banda de rodagem atingir a altura dos ressaltos posicionados nos sulcos dos pneus, chamados de T.W.I. (Tread Wear Indicators), igualmente espaçados e dispostos ao longo do perímetro da banda de rodagem. Caso haja bolhas ou deformações, o pneu deve ser substituído o quanto antes, independentemente da profundidade dos seus sulcos, pois o pneu pode estar estruturalmente comprometido.

Quando trocamos apenas dois pneus do veículo, por que devemos montar os pneus novos no eixo traseiro do veículo?

O recomendado é trocar os quatro pneus ao mesmo tempo, caso tenham sido utilizados de forma uniforme. Isso possibilita que estejam todos nas mesmas condições sempre. Caso não seja possível a troca dos dois pares, o par de pneus novos deve ser colocado no eixo traseiro, para aumentar a estabilidade do veículo em curvas e, particularmente, em pistas molhadas.

Lembre-se que em um mesmo eixo deve-se sempre utilizar pneus de mesma medida, marca, modelo e condição de desgaste.

Os dois eixos (dianteiro e traseiro) devem ser substituídos ao mesmo tempo?

O recomendado é trocar os quatro pneus ao mesmo tempo, caso tenham sido utilizados de forma uniforme. Isso possibilita que estejam todos nas mesmas condições sempre. Caso não seja possível a troca dos dois pares, o par de pneus novos deve ser colocado no eixo traseiro.

Lembre-se que em um mesmo eixo deve-se sempre utilizar pneus de mesma medida, marca, modelo e condição de desgaste.

É correto fazer o rodízio dos pneus? Se sim, quando se pode fazer isso?

O rodízio é uma das principais medidas de manutenção, contribuindo decisivamente para o prolongamento da vida útil do pneu. Na verdade, a inversão de posição entre os pneus que rodam nos eixos dianteiro e traseiro dos veículos traz inúmeros benefícios. Quando efetuado nos intervalos de tempo recomendados, contribui para manter uniforme o desgaste dos pneus, proporciona melhor estabilidade, especialmente em curvas e freadas, colaborando também para uma melhora no desempenho global do veículo.

Ao longo do tempo, os pneus sofrem diferentes esforços e por isso acabam apresentando desgastes não uniformes. O rodízio deve ser adotado com o objetivo de amenizar ou de equalizar essas diferenças. Pegando-se como exemplo um carro com tração dianteira, verificamos que os pneus dianteiros têm as funções de acelerar, frear e esterçar o veículo. Por isso, sofrem desgaste maior do que os pneus do eixo traseiro.

Nesse tipo de veículo, o rodízio é feito invertendo-se a posição dos pares dianteiros e traseiros. Os pneus traseiros são colocados na frente e vice-versa. Para o caso de se incluir o estepe no rodízio, recomenda-se montar na dianteira direita, guardando-se como estepe o pneu da mesma posição, normalmente o que mais se desgasta em função da tração dianteira dos veículos e da construção das ruas e estradas, que via de regra “puxam” o carro para essa direção.

No caso de carros de tração traseira, trocam-se os pneus traseiros para frente em linha reta e os pneus dianteiros para trás de forma cruzada. Veículos com tração nas quatro rodas têm o “X” como padrão do rodízio: o pneu esquerdo traseiro é substituído pelo direito dianteiro e o pneu direito traseiro pelo esquerdo dianteiro. Utilitários, modelos esportivos e de luxo, devem seguir o padrão informado no manual do proprietário.

É recomendável que o rodízio seja efetuado a cada 5.000 ou 10.000 km, mesmo que os pneus não apresentem sinais de desgaste. Ele também deve ser feito se o usuário perceber alguma diferença na uniformidade do desgaste da banda de rodagem. É imprescindível que seja mantida a posição correta de montagem dos pneus (devido a possível assimetria dos desenhos da banda de rodagem), além de seus respectivos sentidos de giro (desenho unidirecional).

O rodízio deve ser entendido pelo proprietário do veículo como um procedimento preventivo e não corretivo. Para verificar qual o método aconselhado para o seu carro, verifique o manual que apresenta, em detalhes, esta recomendação.

É importante se ter consciência de que o rodízio dos pneus não consegue por si só corrigir os problemas de desgastes causados por partes mecânicas avariadas ou pelo uso dos pneus com pressões diferentes das ideais para determinada operação do veículo.

Quais os riscos de trocar os pneus sem checar as especificações do veículo?

A troca das medidas originais deve ser feita com muito cuidado, uma vez que ela não tem reflexos somente no aspecto visual e no desempenho do veículo, mas também pode comprometer a segurança. Em relação ao modelo original, o novo pneu a ser aplicado no veículo deve ter capacidade de carga igual ou superior, pressão de inflação igual ou maior e índice de velocidade compatível. A legislação brasileira não permite alteração do diâmetro externo do pneu.

Posso usar pneus de marcas ou modelos diferentes em meu veículo?

Apesar de ser preferível que se utilize sempre pneus de marca e modelo iguais em todas as posições do veículo, é possível utilizar-se pneus de marcas e modelos diferentes, contanto que a regra de montagens iguais no mesmo eixo seja observada: Em um mesmo eixo deve-se sempre utilizar pneus de mesma medida, marca, modelo e condição de desgaste.

Devo utilizar câmara de ar nos meus pneus?

Se a palavra (tubeless), ou a sigla (TL) estiveram gravadas na lateral do pneu, não utilize câmara de ar. O uso de câmara neste tipo de pneu pode danificá-lo.

Também não use câmara de ar para rodar com pneus furados. Isso pode trazer riscos à segurança dos passageiros.

Ao desmontar os pneus, notei um “esfarelamento” da camada interna deste. O que pode ter acontecido?

Isso é um sinal que o pneu rodou com baixa pressão. Quando os pneus rodam com a pressão abaixo dos níveis recomendados, de acordo com a carga transportada pelo veículo, estes superaquecem e o composto de borracha da sua camada interna, chamada de innerliner, sofre degradação térmica, o que gera o pó de borracha dentro do pneu.

Pneus que apresentam esta condição não podem ser reaproveitados ou recuperados.

O que acontece quando o pneu não é montado de forma apropriada?

Se os pneus não forem montados de forma adequada, com equipamentos e insumos adequados, corre-se o risco de danificá-los de forma irreversível. Se a região dos talões for danificada durante a montagem, o pneu sofrerá uma perda súbita de pressão pouco tempo após sua montagem.

Como saber se o pneu rodou com baixa pressão (murcho)?

Pneus que rodam com baixa pressão apresentam sintomas facilmente detectáveis. Marcas circunferenciais nas paredes, desgaste acentuado nos ombros, innerliner (camada interna) degradado e na forma de pó, alteração de cor, são sinais que o pneu superaqueceu por conta da baixa pressão ou excesso de carga.

Pneus que rodaram vazios não podem ser reparados e devem ser substituídos imediatamente, pois trazem riscos à segurança.

Há uma rachadura no meu pneu. O que pode ter acontecido?

Rachaduras nos flancos (laterais), ombros e na região da banda de rodagem dos pneus são sinais de impactos que danificaram a estrutura do pneu. Procure uma revenda de pneus com profissionais capacitados para análise.

Pneus nestas condições não podem ser reparados e devem ser substituídos imediatamente.

Pneus furados podem ser reparados?

Em se tratando de um furo na região da banda de rodagem, sim. Pneus furados ou danificados nas laterais (flancos) não podem ser reparados. Note que a partir desta operação a responsabilidade sobre o pneu passa a ser do profissional que realizou o conserto.

É essencial que todos os dispostos da norma ABNT NBR NM 225:2000 sejam rigorosamente seguidos pela oficina de reparação.

Os furos nos pneus devem ser limpos e preenchidos para evitar infiltrações de umidade. A umidade pode causar deteriorações na estrutura do pneu e separação dos componentes, comprometendo a segurança e a garantia.

Posso balancear uma roda empenada ou amassada?

Não. Uma roda empenada ou amassada compromete o balanceamento, estabilidade e a dirigibilidade do veículo. Ela deve ser reparada ou substituída antes do pneu ser montado.

Apenas acrescentar contrapesos até o conjunto ficar, aparentemente balanceado, não garante que o conjunto ficará estável em todas as faixas de velocidade.

Note que rodas em condições precárias, mesmo que não visivelmente perceptíveis, causam desgastes irregulares e/ou localizados nos pneus.

Posso usar nitrogênio para calibrar meu pneu?

Sim. O uso de nitrogênio traz vantagens e não há contra indicações ao seu uso. Independente do gás utilizado para inflar os pneus, o ponto mais importante a ser observado é a manutenção frequente da pressão, que protege o pneu contra danos e garante que este trabalhe sempre de forma adequada.

É correto fazer o rodízio dos pneus? Se sim, quando se pode fazer isso?

O rodízio é uma das principais medidas de manutenção, contribuindo decisivamente para o prolongamento da vida útil do pneu. Na verdade, a inversão de posição entre os pneus que rodam nos eixos dianteiro e traseiro dos veículos traz inúmeros benefícios. Quando efetuado nos intervalos de tempo recomendados, contribui para manter uniforme o desgaste dos pneus, proporciona melhor estabilidade, especialmente em curvas e freadas, colaborando também para uma melhora no desempenho global do veículo.

Ao longo do tempo, os pneus sofrem diferentes esforços e por isso acabam apresentando desgastes não uniformes. O rodízio deve ser adotado com o objetivo de amenizar ou de equalizar essas diferenças. Pegando-se como exemplo um carro com tração dianteira, verificamos que os pneus dianteiros têm as funções de acelerar, frear e esterçar o veículo. Por isso, sofrem desgaste maior do que os pneus do eixo traseiro.

Nesse tipo de veículo, o rodízio é feito invertendo-se a posição dos pares dianteiros e traseiros. Os pneus traseiros são colocados na frente e vice-versa. Para o caso de se incluir o estepe no rodízio, recomenda-se montar na dianteira direita, guardando-se como estepe o pneu da mesma posição, normalmente o que mais se desgasta em função da tração dianteira dos veículos e da construção das ruas e estradas, que via de regra “puxam” o carro para essa direção.

No caso de carros de tração traseira, trocam-se os pneus traseiros para frente em linha reta e os pneus dianteiros para trás de forma cruzada. Veículos com tração nas quatro rodas têm o “X” como padrão do rodízio: o pneu esquerdo traseiro é substituído pelo direito dianteiro e o pneu direito traseiro pelo esquerdo dianteiro. Utilitários, modelos esportivos e de luxo, devem seguir o padrão informado no manual do proprietário.

É recomendável que o rodízio seja efetuado a cada 5.000 ou 10.000 km, mesmo que os pneus não apresentem sinais de desgaste. Ele também deve ser feito se o usuário perceber alguma diferença na uniformidade do desgaste da banda de rodagem. É imprescindível que seja mantida a posição correta de montagem dos pneus (devido a possível assimetria dos desenhos da banda de rodagem), além de seus respectivos sentidos de giro (desenho unidirecional).

O rodízio deve ser entendido pelo proprietário do veículo como um procedimento preventivo e não corretivo. Para verificar qual o método aconselhado para o seu carro, verifique o manual que apresenta, em detalhes, esta recomendação.

É importante se ter consciência de que o rodízio dos pneus não consegue por si só corrigir os problemas de desgastes causados por partes mecânicas avariadas ou pelo uso dos pneus com pressões diferentes das ideais para determinada operação do veículo.

Quando deve ser realizada a calibragem dos pneus? Quais problemas podem surgir se não forem calibrados regularmente?

Os pneus devem ser sempre calibrados semanalmente, ainda frios. Como orientação apenas, pode-se considerar que os pneus estão frios quando o veículo permanecer parado há pelo menos uma hora ou não ter rodado mais de 3 km em velocidade reduzida.

A segurança fica em risco quando um veículo roda com pneus com pressão inferior ao mínimo recomendado pelo fabricante. A pressão insuficiente impede que a banda de rodagem tenha um contato total com a pista, exigindo mais dos ombros do pneu. Nesse cenário, a distância de frenagem é maior, prejudicando inclusive o controle sobre a direção.

Meus pneus estão ressecados? Se meus pneus ficarem esbranquiçados ou acinzentados, é sinal que eles estão velhos?

Os pneus tendem a ficar esbranquiçados ou acinzentados quando armazenados em determinadas condições. Esta reação é chamada de blooming.

Isso acontece, pois, a cera adicionada à borracha da lateral do pneu, que tem o objetivo de protegê-lo contra a ação do ozônio e da radiação UV, migra para a superfície da borracha, mudando sua cor. Este é um fenômeno normal e previsto, que não compromete em nada a performance, o conforto, a segurança ou a durabilidade do pneu. Note que os pneus possuem recomendações específicas de armazenagem, não podendo serem armazenados sob temperaturas elevadas ou exposição ao sol. As paredes dos pneus também podem assumir um tom esbranquiçado ou acinzentado quando submetidas a grandes deformações, como durante processos de montagem.

Como posso saber qual é a data de fabricação de um pneu?

É fácil verificar qual é a semana de produção de um pneu. Basta verificar o código DOT de doze dígitos marcado sempre na lateral externa dos pneus. Os quatro últimos dígitos trazem a informação de data de produção:

Exemplo: 65CM TXBH 3015

Grupo 1 - (65): Identifica a planta produtora do pneu;

Grupo 2 - (CM): Identifica a medida do pneu;

Grupo 3 - (TX): Grupo opcional para dados de manufatura do pneu;

Grupo 4 - (BH): Grupo opcional para dados de manufatura do pneu;

Grupo 5 - (30): Dois dígitos que identificam a semana de produção;

Grupo 6 - (15): Dois dígitos que identificam o ano de produção do pneu.

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